9 anos atrás
1 comentário
Juliana Gomes
A população brasileira passa por um importante processo de envelhecimento, devido a isso há longa convivência com doenças crônicas tais como, diabetes, hipertensão arterial, osteoporose, demência de Alzheimer, entre outras. Devido a isso há um aumento do consumo de medicamentos por tempo indeterminado.
O idoso está exposto a polimedicação que pode ser definida como o uso de cinco ou mais medicamentos de uso contínuo. Devido as múltiplas patologias que precisam ser tratadas, a polimedicação é uma realidade e deve ser reavaliada periodicamente pelo médico, com ajuste de doses, suspensão ou troca de medicamentos em caso de exceder o benefício ao paciente.
Existem alguns princípios na prescrição do idoso que são fundamentais e devem ser considerados:
- Antes do médico prescrever :
- Deve se estar atento se a nova terapêutica terá mais benefícios que riscos ao paciente,
- Verificar se há medidas não farmacológicas, ou seja, priorizar a mudança do estilo de vida, tais como, orientação de dieta específica para as suas doenças crônicas e devidamente orientada pelos profissionais de saúde: nutricionista em conjunto com o médico geriatra. Outro pilar importante é a realização de atividade física regular e continuada, com exercícios aeróbicos e resistidos que também devem ser individualizados e supervisionados por profissional de saúde, seja preparador físico ou personal trainer.
- Ter certeza que o novo sintoma requer tratamento e não deve ser efeito colateral de outra medicação. Iniciar o tratamento em doses baixas com aumento lento e gradativo até a melhora dos sintomas, evitar iniciar duas medicações ao mesmo tempo.
- O médico geriatra deve ao máximo racionalizar a prescrição facilitando as tomadas dos medicamentos. Assim, facilita para o paciente e família.
- Controle de medicamento crônico: é importante solicitar ao cuidador e ao paciente todos os medicamentos que faz uso e perguntar sobre sintomas e efeitos adversos, principalmente, enfatizar as mudanças de medicações.
Existem vários fatores que afetam o uso de medicamentos no idoso e devem ser considerados no momento da prescrição, dentre eles:
- A existência de vários profissionais de especialidades diferentes atuando no mesmo paciente ao mesmo tempo:
- Deve-se orientar a família e o paciente que o geriatra faz um acompanhamento completo através da avaliação geriátrica ampla nas consultas, com atuação conjunta de uma equipe multiprofissional, composta pelas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, entre outros. E dependendo das patologias do paciente, necessita de algum especialista de outra área médica atuando em conjunto.
- Idosos podem apresentar problemas de memória, alterações osteoarticulares, visuais e auditivas que afetam a compreensão e a execução de regimes terapêuticos, tanto para manusear embalagem como para acertar a quantidade de gotas ou comprimidos prescritos pelo médico.
- Outro fator importante é a interação medicamentosa que consiste na ação de um medicamento que pode modificar de forma mensurável a atividade, o metabolismo ou a toxicidade de outra droga usada concomitantemente. Há também interação como o uso de álcool ou alimentos.
Devido a isso deve se dar ênfase as medidas preventivas, tais como, dieta balanceada e atividade física a ser instituída durante toda a vida do indivíduo a fim de atingir um envelhecimento saudável, minimizando o surgimento de doenças crônicas. É importante enfatizar para o idoso e a família, que o correto acompanhamento com geriatra e equipe multiprofissional, a administração dos medicamentos visando não a quantidade mas a qualidade da prescrição, é um dos pilares da boa prática geriátrica. Esse é um artigo informativo importante para o idoso e sua família, que terá continuidade na abordagem de assuntos relevantes no dia a dia.
Comentários
Jussara Fernandes, comentou:
12 de Dezembro de 2016 às 20:56hs
Como posso entrar para o instituto é tipo um plano de saúde??
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