A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência em indivíduos acima de 60 anos. No mundo existem 36,5 milhões de pessoas com doença de Alzheimer, das quais 1,2 milhão no Brasil. Em 2030, teremos 67 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo. Nos Estados Unidos a doença de Alzheimer é a quarta causa de morte entre idosos de 75 a 84 anos.
História Familiar: a presença de história familiar de Alzheimer em um parente de primeiro grau (mãe, pai, irmão ou irmã) aumenta em cerca de 4 vezes o risco de desenvolvimento da doença. Acometendo principalmente pessoas mais jovens (50 a 60 anos)
Idade: A doença de Alzheimer acomete 1 a 6 % dos idosos acima de 65 anos e dobra a cada 5 anos conforme envelhecemos.
Gênero: o risco de Alzheimer é duas vezes maior em mulheres.
Baixo nível educacional: níveis educacionais mais elevados ofereceriam maior reserva de memória e teriam, assim, um efeito protetor.
A instalação dos primeiros sintomas ocorre de forma lenta e progressiva, o que dificulta saber o momento exato do início da doença. Existem 3 fases da doença leve, moderada e avançada.
Fase Leve: inicia com perda de memória para fatos recentes, com preservação de memória para fatos antigos. O idoso esquece onde guardou os objetos pessoais, repete várias vezes a mesma tarefa ou história, esquece nome de pessoas que acaba de conhecer. Não reconhece os locais familiares, esquece o dia , mês e ano em que estamos. Pode apresentar quadro depressivo associado. Dificuldade em planejar atividades mais complexas, como planejar as próprias finanças. Está fase tem duração em torno de 2 a 3 anos.
esta fase inicial ocorre um atraso no diagnóstico correto porque, os familiares atribuem estes sintomas ao processo normal do envelhecimento. Portanto, o acompanhamento de rotina com o geriatra é essencial para que o diagnóstico seja feito o mais precocemente possível!!
Fase intermediária: começa a ocorrer perda da memória antiga, dificuldade para reconhecer e nomear objetos, dificuldade para aprender coisas novas, alteração na capacidade de realizar cálculos, dificuldade de compreensão, não reconhece familiares, não consegue vestir-se sozinho e utilizar alguns utensílios. Esta fase tem duração que varia entre 2 a 10 anos.
Fase tardia: não reconhece familiares, totalmente dependente para realizar as tarefas de vida diária, fala algumas palavras ou nenhuma, incontinência fecal e urinária.
Fase terminal: perda da capacidade de se alimentar, o paciente não consegue mais se movimentar na cama e surgem as úlceras de pressão (feridas na pele).
Outros sintomas e sinais: agitação, perambulação (andar sem direção), agressividade, alterações do sono, síndrome do entardecer (piora da confusão mental no entardecer), ansiedade, depressão, idéias delirantes (por exemplo, que está sendo roubada), alucinações visuais. Alterações da postura, da marcha e sintomas semelhantes aos idosos com doença de Parkinson, como tremores e rigidez.
O diagnóstico é feito com uma entrevista bem detalhada com os familiares e com o paciente em momentos diferentes, para que as colocações dos familiares sobre a rotina do idoso não seja ofensiva para o mesmo. São solicitados exames para descartarmos outras doenças que possam causar alterações de memória. Exames de imagem cerebral.
O mais importante é a prevenção dos fatores de risco que também estão associados ao aparecimento do Alzheimer e de outros tipos de demência, como a hipertensão arterial, o tabagismo, o uso de álcool, o sedentarismo, a obesidade e o nível elevado de colesterol.
Nos casos diagnosticados temos o tratamento não farmacológico e o tratamento farmacológico, ambos de igual importância.
O médico geriatra tem papel fundamental para traçar as estratégias de tratamento e fazer as orientações adequadas para o paciente, familiares e cuidadores!